terça-feira, 29 de abril de 2014

Manifesto : A escola do meu sonho...



Pensando bem, talvez estejamos todos errados professores, coordenadores, métodos, livros didáticos.( mesmo  eu sendo autora de alguns) Talvez estejamos todos errados, em não conseguir enxergar que o aluno mudou, parece que nada mais funciona como antes. Tudo é chato confuso e vazio, desde o caderno até o sinal.
Aulas em que um livro cheio de gente morta é mais valorizado que o aluno que esta ali na frente do professor, que tudo que é legal e divertido, tenham que ficar fora da sala. Que os conteúdos não têm nada ou quase nada á ver com a realidade, é tal de aprender coisas estranhas como equações, isótopos, hipérboles, enzimas pra que isso? Os especialistas dizem que é para que o aluno tenha uma visão de mundo mais aprimorada, mas que visão é essa que oprime , esmaga a criatividade que coloca a arte como um aprendizado de segunda classe ou o resume a aulinhas simples de pintura com guache ou aulinhas de flauta, que não abrem horizontes em nome de uma educação cheia de regras e normas. Isso porque ainda existem as provas que não provam nada! Pois alguns alunos são incapazes de colocar tudo aquilo que aprenderam numa folha de papel fica com jeito de lobo mal.
E ainda ter professores que ficam com aqueles livros didáticos na mão e seus textos maçantes e cansativos como se eles fossem uma tábua de salvação.
Assim é muito difícil quando ouço uma notícia assim:
 “Aluno bate em professor” , “Aluno depreda escola “ Abandono escolar aumenta”
Não sei  fico com pena do aluno ou da escola, pois a impressão que tenho é que ambos são vítimas. Os alunos da falta de renovação das instituições de ensino, da escola, pois não consegue enxergar que esta cheia de métodos e fórmulas ultrapassada e não consegue mudar, mudar tudo, abolir carteiras, permitir que a tecnologia entre na sala não como um bandido, que rouba a atenção dos alunos, mas como um aliado. Fazer uso de fantasias numa aula de história, por exemplo, o professor de história deveria ser antes de tudo um contador de histórias, alguém que se emociona, que vivencia com seus alunos o que apresenta. Ao ler um livro o aluno fosse desafiado a confronta-lo com a realidade e estimulado apresentá-lo de forma criativa, usando a arte, a ciência para tal finalidade, enfim uma escola onde o aluno estivesse feliz e tivesse prazer em estar lá, pois as aulas seriam significativas e dinâmicas, essa é a escola do meu sonho em que os alunos fossem vistos como um universo de possibilidades não como mais um que o professor terá que aguentar por um ano, e se Deus quiser no ano que vem, será problema de outro professor.
Será que estou querendo muito? Será que tudo isso é impossível? Será que teremos que continuar assim? Com escolas que não atraem os alunos? Nos quais alguns alunos se sentem como se tivessem cumprindo uma pena?  
O que mais me dói é saber que muitos educadores vão ler esse texto. E vão dizer ou pensar: Quanta bobagem!
 A minha escola está fazendo o melhor!
 Sou um ótimo professor dou aulas há  anos assim os alunos,é que são muito indisciplinados!
Pensado em tudo isso só posso dizer á todos os alunos de hoje e amanhã
“Alunos perdoem-nos ,pois talvez sabemos mais o que fazemos”
                                                                                              Sônia Jardim
                                                                                    Uma professora angustiada.  



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