Pensando bem, talvez estejamos todos errados professores, coordenadores, métodos, livros didáticos.( mesmo eu sendo autora de alguns) Talvez estejamos todos errados, em não conseguir enxergar que o aluno mudou, parece
que nada mais funciona como antes. Tudo é chato confuso e vazio, desde o
caderno até o sinal.
Aulas em que
um livro cheio de gente morta é mais valorizado que o aluno que esta ali na
frente do professor, que tudo que é legal e divertido, tenham que ficar fora da
sala. Que os conteúdos não têm nada ou quase nada á ver com a realidade, é tal
de aprender coisas estranhas como equações, isótopos, hipérboles, enzimas pra
que isso? Os especialistas dizem que é para que o aluno tenha uma visão de
mundo mais aprimorada, mas que visão é essa que oprime , esmaga a criatividade
que coloca a arte como um aprendizado de segunda classe ou o resume a aulinhas
simples de pintura com guache ou aulinhas de flauta, que não abrem horizontes
em nome de uma educação cheia de regras e normas. Isso porque ainda existem as
provas que não provam nada! Pois alguns alunos são incapazes de colocar tudo
aquilo que aprenderam numa folha de papel fica com jeito de lobo mal.
E ainda ter
professores que ficam com aqueles livros didáticos na mão e seus textos maçantes
e cansativos como se eles fossem uma tábua de salvação.
Assim é
muito difícil quando ouço uma notícia assim:
“Aluno bate em professor” , “Aluno depreda
escola “ Abandono escolar aumenta”
Não sei fico
com pena do aluno ou da escola, pois a impressão que tenho é que ambos são vítimas.
Os alunos da falta de renovação das instituições de ensino, da escola, pois não
consegue enxergar que esta cheia de métodos e fórmulas ultrapassada e não consegue
mudar, mudar tudo, abolir carteiras, permitir que a tecnologia entre na sala não
como um bandido, que rouba a atenção dos alunos, mas como um aliado. Fazer uso
de fantasias numa aula de história, por exemplo, o professor de história
deveria ser antes de tudo um contador de histórias, alguém que se emociona, que
vivencia com seus alunos o que apresenta. Ao ler um livro o aluno fosse desafiado a confronta-lo com a realidade e
estimulado apresentá-lo de forma criativa, usando a arte, a ciência para tal finalidade, enfim uma escola onde o aluno estivesse feliz e tivesse prazer em estar lá,
pois as aulas seriam significativas e dinâmicas, essa é a escola do meu sonho
em que os alunos fossem vistos como um universo de possibilidades não como mais
um que o professor terá que aguentar por um ano, e se Deus quiser no ano que
vem, será problema de outro professor.
Será que
estou querendo muito? Será que tudo isso é impossível? Será que teremos que
continuar assim? Com escolas que não atraem os alunos? Nos quais alguns alunos
se sentem como se tivessem cumprindo uma pena?
O que mais
me dói é saber que muitos educadores vão ler esse texto. E vão dizer ou pensar: Quanta bobagem!
A minha escola está fazendo o melhor!
Sou um ótimo professor dou aulas há anos assim os alunos,é que são muito indisciplinados!
Pensado em tudo isso só posso dizer á todos os alunos de hoje e amanhã
A minha escola está fazendo o melhor!
Sou um ótimo professor dou aulas há anos assim os alunos,é que são muito indisciplinados!
Pensado em tudo isso só posso dizer á todos os alunos de hoje e amanhã
“Alunos
perdoem-nos ,pois talvez sabemos mais o que fazemos”
Sônia Jardim
Uma professora
angustiada.